sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Aviões num futuro próximo poderão não mais ter janelas...

Claustrofóbicos não irão gostar desta novidade.

Daqui a uma década, os aviões comerciais poderão não ter mais janelas, em seu lugar, haverá enormes display exibindo imagens panorâmicas, capturadas através de câmeras instaladas no exterior da aeronave. Os mesmos display, também, oferecerão sistema de entretenimento e acesso à internet para os passageiros.
Mas por que tirar as janelas se os display irão mostrar as imagens lá de fora?
Simples: retirar as janelas reduziria o peso das aeronaves e, assim, o consumo de combustível e consequentemente os custos para as companhias aéreas e os passageiros. A fuselagem também poderia ser mais fina, deixando mais espaço para as poltronas. O conceito é do Centre for Process Innovation (CPI), empresa britânica de pesquisa, e deve “inspirar deslumbramento em algumas pessoas mas talvez despertar terror no passageiro nervoso”, aposta o Guardian.
No Twitter muita gente já imagina o que vai aparecer nesses display quando houver:

turbulência,
View image on Twitter

algum erro no sistema,
View image on Twitter

ou quando a companhia aérea aproveitar para passar a mensagem dos anunciantes,
View image on Twitter

Veja imagens a seguir:

modern-airplanes-cpi
modern-airplanes-cpi2
modern-airplanes-cp3
Por: Quartz e BuzzFeed.

O que é a Internet das Coisas? Entenda o conceito e o que muda com sua chegada.


“Internet das Coisas” é a nova onda tecnológica que tem como objetivo estabelecer uma interação entre objetos inteligentes por meio da Internet. É, em ultima instância, a possibilidade de comunicação entre todos os objetos existentes, enviando e recebendo dados e informações com o intuito de facilitar nossas vidas.

Diariamente surgem eletrodomésticos, automóveis, e até tênis, roupas e maçanetas conectadas à Internet e a outros dispositivos, como computadores, tablets e smartphones. 

trava

Fechaduras inteligentes, por exemplo, permitem configurar senhas, permitindo que o usuário dê acesso a terceiros, a medida que desejar. Se a pessoa estiver viajando, por exemplo, pode definir o horário que um funcionário deve entrar e sair. Os criadores da engenhoca garantem que a Genie Smart Lock é simples de se instalar e não necessita de assistência especializada para isso. O aparelho tem encaixe desenhado para fechaduras de 54 mm, o tamanho tradicional. O aplicativo que controla a fechadura é compatível com qualquer smartphone que possua Android e Bluetooth 4.0.

A Internet das Coisas defende a criação de ambientes inteligentes responsáveis por realizar tarefas do nosso cotidiano, como verificar o que há na geladeira, fazer uma lista de compras, acessar o site do supermercado e fazer as compras por você.

No futuro, haverá uma rede composta exclusivamente de objetos em interação, que resultará na automatização de diversas tarefas e trocas de informações.


A ideia é que, cada vez mais, o mundo físico e o digital se tornem um só, através dispositivos que se comuniquem com os outros, os data centers e suas nuvens. Aparelhos vestíveis, como o Google Glass e o Smartwatch 2, da Sony, transformam a mobilidade e a presença da Internet em diversos objetos em uma realidade cada vez mais próxima.

Como funciona Internet das Coisas:

A Internet das Coisas funciona conectando ser através de tecnologia de comunicação sem fio, como por exemplo RFID, a mais simples e barata de todas, envia informações para leitores RFID que podem estar conectados à Internet. Podem conectar-se diretamente a rede através de WiFi ou Tecnologia celular, 3G, LTE/4G, etc.

Pode conectar-se ainda à smartphones através de bluetooth ou outros tipo de sensores que permitam a comunicação entre máquinas (M2M) como sistemas de trânsito, pagamentos online ou microchips para animais de estimação.




Onde a Internet das Coisas esta presente:

A conexão entre objetos já é realidade em muitos aspectos de nosso cotidiano, com máquinas trocando informações com diferentes objetivos.

Na sua casa:

Objetos dentro de casas inteligentes falaram entre si para facilitar nossa vida. O despertador avisará a cafeteira que a pessoa está prestes a acordar e que deve-se começar o preparo do café. Enquanto isso a geladeira cria uma notificação de que está na hora de fazer as compras e o despertador avisa o usuário de suas tarefas do dia antes mesmo de levantar da cama.




Além é claro de controlar temperatura ambiente, iluminação, irrigar sua plantas, alimentar os animais de estimação e todas aquelas tarefas respetivas e desagradáveis que precisam ser feitas.




Na rua:

Sensores de ré, velocidade e distância, faróis automáticos e outras tecnologias já estão presentes em alguns automóveis. A Internet das Coisas, no entanto, pretende normalizar carros independentes, que dirijam sozinhos, criem rotas alternativas e façam a previsão do tempo de viagem, por exemplo.


Vista do veículo e seus computadores durante testes

 
No trabalho:

Ao invés de teleconferências, a evolução da computação possibilitará a criação de hologramas para estabelecer reuniões à distância.

Conselho Jedi em reunião holográfica


Numa das cenas antológicas de Guerra nas Estrelas, foi o suficiente para tornar-se um ícone do cinema. A cena entrou para o imaginário coletivo por mostrar algo que, até hoje, só a ficção científica poderia materializar: um holograma perfeito. Ou, traduzindo, uma imagem em movimento, projetada em três dimensões, que reproduz pessoas e objetos como se estivesse presente. Mais de 30 anos depois de o filme ter sido lançado, a holografia está deixando de ser uma miragem tecnológica. Num recente avanço tecnológico, um grupo, da Universidade do Arizona, desenvolveu um sistema que capta cenas em três dimensões e as reproduz em outro lugar, em qualquer parte do mundo. O modelo pode ser definido como a telepresença holográfica.

Nas compras:

Eletrodomésticos da cozinha, por exemplo, poderão identificar a falta de algum alimento e realizar a compra em um supermercado. Você poderá passar em um drive-thru e apenas recolher os produtos.



sábado, 18 de outubro de 2014

Etiqueta inteligente transmite dados através do corpo humano

Imagine a cena: você pega um produto no supermercado e seu smartphone emite um alarme. Na tela, uma mensagem informa que o produto que você pegou contém amendoim, um alimento ao qual você é alérgico.


Em outra situação, basta segurar a embalagem de um medicamento para ver, na tela do smartphone, a bula com as informações sobre ele. Depois disso, o aparelho passa a alertá-lo quando chega a hora de tomar o remédio.

Com a mesma tecnologia, uma pessoa cega poderia identificar um produto qualquer. O smartphone leria as informações da embalagem em voz alta para ela.

Esses são três exemplos de como poderá ser usada, um dia, a tecnologia que a Ericsson chama de Connected Paper. A empresa a demonstrou na feira Futurecom, em São Paulo. A ideia, bastante inusitada, é transmitir dados usando o corpo humano como ponte..

Connected Paper

Essa solução pode parecer estranha em vista da simplicidade de conexões como Bluetooth e Wi-Fi. Mas essas tecnologias de transmissão pelo ar exigem bastante energia para funcionar. Usando o corpo humano como condutor, o Connected Paper necessita apenas de uma quantidade ínfima de energia.



Isso torna viável alimentar o transmissor com uma finíssima bateria incorporada a uma etiqueta. Nela, ficam também o chip de controle e a antena que envia as informações. Esse conjunto é suficiente para enviar um código de identificação até o smartphone, que pode estar na outra mão ou até no bolso.

Recebido o código, um aplicativo faz uma consulta a uma base de dados na nuvem e baixa, de lá, as informações relacionadas com ele. É claro que, para que isso funcione, é preciso que o smartphone esteja capacitado para receber os sinais emitidos pela etiqueta.

Na demonstração, a Ericsson usou um receptor volumoso. Mas ele pode ser miniaturizado e incorporado a um smartphone. Um revestimento metálico ou o próprio corpo do aparelho funcionaria como antena.

Controle de estoque

A inexistência de aparelhos preparados para receber os sinais deve ser o principal obstáculo à adoção dessa tecnologia. Mas é possível que ela encontre lugar em aplicações específicas, como controle de estoque. Nesse caso, seria usado um receptor específico.

Nessa situação, o Connected Paper seria um concorrente para o código de barras e para as etiquetas do tipo RFID. “O Connected Paper é mais barato que o RFID, o que torna seu uso viável em situações em que o custo do RFID seria proibitivo”, disse Edvaldo Santos, diretor de inovação da Ericsson.

Santos diz que uma vantagem adicional é que o Connected Paper não ocuparia uma faixa do espectro eletromagnético como acontece com o RFID. Mas ele ressalva que ainda não há nenhum produto usando essa tecnologia. “Por enquanto, não temos ambição comercial”.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Skype lança aplicativo para enviar mensagens de vídeos autodrestutívas

Já disponível para iOS, Android e Windows Phone, software agrega recursos dos rivais Facebook Messenger e Snapchat para tentar se destacar.


O Skype lançou nesta semana um novo aplicativo chamado Qik, que permite o envio de mensagens de vídeo para seus amigos, inclusive grupos deles. Um dos diferenciais do novo software é o fato que essas mensagens desaparecem depois de duas semanas.
Pode parecer muita coisa, mas é meio que a única maneira de diferenciar um aplicativo de mensagem nos dias atuais. Mesmo rótulos como “mensagem instantânea” e “chat” e “chat anônimo” e “videochamada” estão tornando-se sem sentindo à medida que os aplicativos evoluem e absorvem os recursos dos seus rivais.
Por que isso importa
Porque agora temos o Skype Qik, que, apesar do nome, fica em algum lugar fora do Skype. Sim, ele usa seus contatos do Skype. Mas é apenas mais uma maneira de se conectar com seus amigs do Skype, porque as videochamadas são muito formais e as mensagens instantâneas são simplesmente muito casuais – mesmo com os documentos e imagens que as atualizações recentes para Mac e Windows adicionaram ao app do Skype.
Leve, mas íntimo
“Imagine se você pudesse reinventar a experiência do Skype, levando em conta como as mensagens, selfies e cultura de aplicativos mudaram a maneira como nos comunicamos”, afirmam Dan Chastney e Piero Sierra, dois executivos do Skype que trabalham para a Microsoft. O Qik é desenvolvido para ser leve e íntimo, com a habilidade para você organizar grupos de amigos e enviar mensagens de vídeos rápidos.
Parece familiar? É claro que sim. “Embedar” pequenos trechos de vídeo como o Facebook Messenger é o passo seguinte de anexar trechos de áudio, como o iMessage faz no iOS 8. E enviar mensagens com uma “bomba-relógio” para serem destruídas é certamente reminiscente do Snapchat.
Será que o Skype vai dar uma de Facebook e exigir que os usuários instalem o Qik? Isso parece difícil, uma vez que o app não substitui realmente a videochamada. Mas, com o tempo, parece que o Qik terá de tornar-se um componente do Skype se quiser ganhar espaço de verdade.
Qik4
Disponibilidade
De acordo com o Skype, o Qik já está disponível para os usuários de iPhone e aparelhos Android e Windows Phone.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Novo acessório da Microsoft carrega aparelhos sem conexoes por fios


Novo carregador também possui indicadores de LED para mostrar os níveis de bateria e tecnologia de carregamento rápido que oferece.
Após o sucesso de vendas dos carregadores portáteis da Nokia (DC-16, DC-19 e DC-18) e dos carregadores sem fio (DT-900 e CR-200), a Microsoft resolveu unir as duas tecnologias e trazer para o mercado o DC-50, o primeiro modelo portátil com wireless charging da marca.
“Com design compacto e ultrafino desenvolvido em policarbonato, o acessório pode ser utilizado para carregar o aparelho dentro do bolso ou em qualquer outro local desejado sem esforço. Basta deixar o smartphone em cima do acessório e ele estará sempre pronto para ser usado, como uma mágica”, destaca Everton Caliman, gerente de produtos e portfólio da Microsoft Devices no Brasil. A bateria tem a capacidade de reter até 2400 mAh, o que garante  ainda mais autonomia aos usuários.
O DC-50 possui compatibilidade com qualquer aparelho que possua o padrão Qi para carregamento. A linha Lumia, por exemplo, conta com smartphones que possuem a placa de carregamento wireless integrada (Lumia 930, Lumia 1520, Lumia 920), enquanto outros modelos podem usar capinhas com a tecnologia embutida como é o caso do Lumia 1020, Lumia 925, Lumia 735 e Lumia 720.O novo carregador também possui indicadores de LED para mostrar os níveis de bateria e tecnologia de carregamento rápido que oferece até 80% de carga em até duas horas. Como o carregador é completamente sem fios, isso significa que ele terá que ser carregado em algum momento e pode ser feito de duas formas: por meio da porta micro-USB como um aparelho ou via outro carregador wireless charging.
Fonte: IP News

Dez previsões para a área de TI nos próximos anos, segundo o Gartner

Wearables, algoritmos, máquinas inteligentes, impressão 3D e outras tecnologias disruptivas que definirão o futuro dos negócios e impactarão diretamente no papel da TI (Tecnologia da Informação).

O Gartner revelou suas principais previsões para o setor de TI em 2015 e nos próximos anos. As tendências apontadas pelo instituto de pesquisas indicam uma mudança nas antigas relações entre o homem e a máquina devido ao surgimento de negócios digitais.

Há algum tempo registramos mudanças em curso nos papéis que as máquinas desempenham em nossas vidas”, comenta Daryl Plummer, vice-presidente e analista do Gartner. “Máquinas baseadas em computação serão agora usadas para experiências que ampliam os esforços humanos. Elas assumem características mais humanas e criam um relacionamento mais personalizado com os seres humanos”, completa. Segundo ele, esse cenário mostra que, em um futuro próximo, máquinas e seres humanos serão colegas de trabalho e, possivelmente, até mesmo codependentes.

Veja abaixo algumas previsões do Gartner para os próximos anos:

1) Em 2018, negócios digitais vão demandar 50% menos trabalhadores focados em processos de negócios e 500% mais profissionais para tarefas-chave de negócios digitais em comparação com os modelos tradicionais

No final de 2016, 50% das iniciativas de transformação digitais serão incontroláveis devido à falta de competências de gestão de portfólio, levando a uma perda de market share por parte das empresas. A rápida evolução das mídias sociais e de tecnologias móveis vão conduzir o comportamento do consumidor. Essas tendências vão mudar significativamente a forma como vivemos. Por exemplo, geladeiras vai solicitar alimentos assim que eles acabaram, robôs vão recolher os mantimentos e drones vão entregá-los em sua casa, eliminando a necessidade de funcionários em supermercado e motoristas para entrega. O novo ambiente de negócios digital irá mudar profundamente os processos de negócios.


2) Em 2017, um negócio digital disruptivo será criado a partir de um algoritmo de computador

Até 2015, a previsão do Gartner é a de que as ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) mais valorizadas envolverão empresas que combinam mercados digitais com logística física para desafiar ecossistemas empresariais legado físicos.

A economia mundial tornou-se madura para a disrupção digital, como evidenciado por empresas como Uber e Airbnb, que estão interrompendo o transporte terrestre e hotéis, respectivamente. Uma vez que tais companhias apresentam efeitos de rede (ou seja, seu valor aumenta a cada novo participante) tendem a formar monopólios naturais, mas são desafiadas por uma dinâmica de regulação e de um mercado complexo.

3) Em 2018, o custo total de propriedade para as operações de negócios será reduzido em 30% com o apoio de máquinas inteligentes e serviços industrializados

De acordo com o Gartner, em 2015, haverá mais de 40 fornecedores com ofertas de serviços gerenciados disponíveis no mercado, aproveitando máquinas inteligentes e serviços industrializados.

Consumidores querem obter melhores produtos e serviços a qualquer hora, em qualquer lugar e em qualquer canal. Esse quadro está alimentando a revolução de negócios digitais. Os processos de negócio e de toda a cadeia de valor vão mudar de um paradigma baseado em trabalho e habilitado para a tecnologia para um modelo baseado no digital e habilitado para o humano.

Máquinas inteligentes não vão substituir os seres humanos, já que pessoas são fundamentais para a interpretação de resultados digitais. A preferência dos consumidores será pelo mundo digital. Por isso, empresas vão direcionar esforços para melhorar a experiência do cliente por meio da simplificação e da automatização. Processos também serão mais inteligentes, minimizando intervenções manuais e permitindo ao consumidor o autoatendimento.


4) Em 2020, a expectativa de vida em todo o mundo vai aumentar meio ano devido à adoção generalizada da tecnologia de monitoramento de saúde sem fio

Em 2017, acredita o Gartner, os custos com cuidados para diabéticos vão cair 10% a partir do uso de smartphones.

Monitores wearables vão sustentar essa promessa. Hoje, uma pulseira simples pode colher dados sobre batimento cardíaco, temperatura, entre outros. Monitoramento cardíaco sem fio, camisas inteligentes e sensores em acessórios prometem ter mais precisão. O Gartner espera que dados de dispositivos de monitoramento remoto forneçam informações valiosas para pacientes e médicos.

HRMSportsBra.jpg (750×402)

5) Em três anos, 50% da receita do comércio digital dos EUA virá do mobile

A curto prazo, isso significa que o pagamento móvel ganhará impulso em 2015, juntamente com a expansão do mobile commerce – que será motivada em grande parte pela entrada do sistema de pagamento mobile Apple Pay no mercado, bem como outros concorrentes, e pela ampliação dos esforços do Google para aumentar a adoção do Google Wallet, baseado em NFC (Near Field Communication).


O fato é que os dispositivos móveis serão cada vez mais utilizados para a realização de transações à medida que fabricantes e desenvolvedores de aplicações consigam aperfeiçoar questões de usabilidade, funcionalidade e segurança. Por sua vez, provedores de serviços e varejistas deverão ser capazes de oferecer experiências de compra conectadas, independente do canal escolhido.

6) Em 2017, cerca de 70% dos modelos de negócios digitais bem-sucedidos serão baseados em processos flexíveis o suficiente para se adequarem conforme as necessidades dos clientes mudam

Até o fim do próximo ano, 5% das organizações de todo mundo desenharão processos flexíveis que irão garantir vantagem competitiva, estima o Gartner. Esses processos instáveis e capazes de serem manobrados facilmente, como descreve a consultoria, serão criados para se ajustarem às necessidades dos consumidores de maneira ágil. Eles são fundamentais para apoiar interações imprevisíveis do consumidor que, por sua vez, exigem a tomada de decisões para capacitar a continuidade dos processos mais rígidos. Isso contribuirá para a criação de uma organização capaz de mudar de maneira mais fluida para alcançar o sucesso do negócio digital.

7)  Em três anos, metade dos investimentos em produtos de consumo será redirecionado para inovações na experiência do consumidor  

O Gartner aponta que já no fim do próximo ano, 2015, metade dos produtos tradicionais de consumo terão extensões digitais nativas. A competitividade, que antes era definida por vantagens oferecidas em produtos e serviços tradicionais, hoje é decidida pela experiência de consumo ofertada. No mercado de produtos de consumo essa pressão é ainda maior, já que hoje consumidores conseguem acesso a informações sobre produtos e preços de commodities de maneira muito fácil, prejudicando a fidelidade à marca. Considerando que não faltam alternativas concorrentes e que a inovação dos produtos está sujeita à maior comoditização, inovar na experiência oferecida ao cliente será a chave para garantir fidelidade.


8) Em 2017, quase 20% dos bens duráveis ?? Oferecidos por varejistas on-line vão usar impressão 3D para criar ofertas personalizadas de produtos  

Em alternativa a processos fabris tradicionais, a impressão 3D permite a entrega de produtos mais personalizados e customizados com mais agilidade. O recurso já apresenta profundo impacto sobre a ativação de startups, especialmente no que diz respeito à redução dos custos de infraestrutura. É um novo sistema de negócio que exige uma cultura corporativa capaz de suportar produtos com outras conformidades, capacidades de criar novos escritórios “concierge”, back office de TI e operações.

 
Vestido sendo feito em impressora 3D

9) Em 2020, as empresas de varejo que utilizam mensagens direcionadas combinadas com sistemas de posicionamento internos (IPS) aumentarão as vendas em 5%

Segundo o Gartner, até 2016 veremos um aumento no número de ofertas dos varejistas baseadas na localização do cliente e no tempo de permanência deles na loja. O marketing digital aposta cada vez mais em publicidade móvel e análises avançadas para aproveitar as oportunidades trazidas pelo aumento do uso de dispositivos móveis. Hoje é possível criar anúncios altamente direcionados com base em compras recentes, hábitos de compra, cidade de residência e interesses. Nesse contexto, a localização atual do cliente é um das mais importantes pistas, mas que ainda tem sido pouco aproveitada.

À medida que sistemas de posicionamento internos (como beacons) se popularizam, os profissionais de marketing vão direcionar cada vez mais suas ações pela localização do cliente na loja. Além disso, o IPS presente dentro dos dispositivos móveis mais recentes permitirá identificar a localização para enviar sugestões por meio de anúncios e mensagens direcionadas.



Fonte: IT Forum 365


10) tendências tecnológicas para 2015 - Gartner lista conceitos que tendem a despontar no mercado de TI ao longo do próximo ano

Chegamos aquele momento em que consultorias começam a soltar as primeiras previsões para o próximo ano. O Gartner, revelou sua lista com as 10 tendências tecnológicas para 2015.

A consultoria colocou grande parte de suas fichas no conceito de internet das coisas (IoT), que traz a reboque um universo de componentes complementares como máquinas inteligentes, análises pervasivas e impressão 3D.

Eis as apostas:
  • Computação em toda parte – Para a consultoria, o mundo caminha para um acesso total e ubíquo a toda capacidade tecnologia. Telas inteligentes e dispositivos conectados se proliferarão em diversas formas, tamanhos e tipos de interação.
  • Internet das coisas – A consultoria manda um recado para os CIOs: experimentem, avaliem e incentivem projetos para desenvolver utilizações de sensores e dispositivos conectados em suas empresas.
  • Impressão 3D – Não se trata de uma tecnologia nova. Aliás, vamos fazer justiça que o conceito ronda por aí desde 1984. Contudo, agora é que atinge níveis importantes de maturidade. Enquanto o tema ganha atenção no campo de consumo, a verdadeira revolução tende a vir de sua aplicação nas corporações.
  • Análises avançadas, pervasivas e invisíveis – Toda aplicação é um app de análises nos dias de hoje.
  • Sistemas contextuais ricos – Conhecer o usuário, sua localização, tudo que ele fez no passado, suas preferências, conexões sociais e outros atributos fornecerão insumos para as aplicações.
  • Máquinas inteligentes – A capacidade de executar tarefas com precisão e apreenderem com rotinas dará nova dimensão aos mais diversos equipamentos.
  • Nuvem e client computing – Esse é tópico central para evolução da nuvem. Isso significa que uma aplicação estará baseada em nuvem e será capaz de se estender a múltiplos clients.
  • Aplicações e infraestruturas definidas por software –Tecnologia precisa misturar estruturas de maneira dinâmica, com elementos pré-definidos e bem menos complexos.
  • Web-scale IT – Tópico que se assemelha ao modelo já usado por grandes provedores de soluções em nuvem, incluindo sua cultura abrangente de riscos e alinhamentos de colaboração.
  • Segurança – Em particular, a tendência é de mais atenção para aplicações com autoproteção.
Grande parte dos pontos que compõem a lista aponta para a fusão entre o mundo real e virtual, e a forma como isso impacta as rotinas das empresas, que se transformam em organismos cada vez mais digitais.

Com base nesse cenário, o Gartner vem alertando executivos de TI para a necessidade de que ajustem seus perfis de liderança a fim de explorarem as oportunidades de negócio. A visão é que digitalização das organizações permite a empresas adotarem uma postura tecnológica menos amarrada a eficiência operacional de processos internos e mais como uma habilitadora para o desenvolvimento de modelos de negócios, serviços e produtos disruptivos.


Finalmente: Toyota montará híbrido Prius em São Bernardo

Produção começa em 2016, afirma sindicato dos metalúrgicos.

Toyota vai montar o modelo híbrido Prius a partir de 2016 em sua fábrica de São Bernardo do Campo, hoje dedicada somente à produção de peças. A informação veio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. “A empresa investirá R$ 60 milhões em uma linha de montagem. O carro será parcialmente montado no Brasil. Ao longo do tempo haverá também a nacionalização de componentes”, disse o presidente do sindicato, Rafael Marques. A expectativa é que sejam gerados 500 novos postos de trabalho na unidade, que emprega 1,5 mil pessoas atualmente. 

De acordo com o dirigente, a direção da fábrica vem definindo o assunto com o conselho administrativo da montadora e o anúncio deve ser feito em novembro, mas pode-se arriscar que ocorrerá no fim de outubro, durante as entrevistas coletivas na abertura do Salão do Automóvel. Recentemente, o governo baixou para até zero a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros híbridos que não são carregados em tomadas, como o Prius e o Ford Fusion (leia aqui).

Fonte: www.automotivebusiness.com.br09/10/2014 | 19h50

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Uso de carro elétrico é quatro vezes mais barato do que convencional


A CPFL Energia finalizou a primeira fase do Programa de Mobilidade Elétrica, projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que estuda os impactos da utilização de veículos elétricos. De acordo com os dados colhidos pelo estudo, foi possível concluir que a utilização do veículo elétrico é cerca de quatro vezes mais barata do que a de um carro convencional.

Crédito: Divulgação Itaipu

Os dados levantados pelo projeto de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esclarecem que o valor do quilômetro rodado, em um carro a combustão, considerando o uso do etanol, é de aproximadamente R$ 0,19, enquanto o veículo movido à eletricidade percorre a mesma distância com o custo de R$ 0,05.

Para divulgar as conclusões iniciais do trabalho, o grupo realiza a primeira viagem de ida e volta entre Campinas e São Paulo com o Renault Zoe, que tem autonomia aproximada de 210 km e será reabastecido no eletroposto inaugurado pela Schneider Electric no Shopping Pátio Paulista, na capital paulista. A viagem comprova que a utilização de veículos elétricos poderá ser ampliada com o crescimento da rede de carregamento, permitindo o uso interurbano e conferindo maior segurança aos usuários.

Os seis carros utilizados pelo Programa de Mobilidade Elétrica percorreram quase 17 mil quilômetros e consumiram 3.249 KWh de energia, o que equivale ao consumo aproximado de 16 residências durante um mês. Os veículos deixaram de emitir 2.3ton/CO2 na atmosfera, o que equivale a retirar das ruas aproximadamente 27 carros populares que rodem 15 quilômetros por dia durante um mês.

Um dos objetivos da primeira fase do estudo era determinar qual seria o impacto para a carga de energia elétrica com a utilização em massa de veículos elétricos. As projeções iniciais da CPFL apontam que o uso desta tecnologia consumiria entre 0,6% a 1,7% da carga do SIN (Sistema Interligado Nacional), em 2030, quando a frota de veículos elétricos atingir respectivamente 5,0 milhões e 13,3 milhões de unidades.

“Nossa intenção é estudarmos amplamente o tema de mobilidade elétrica no Brasil e desmistificá-lo em todos os seus aspectos, confirmando até o final da pesquisa que o impacto na demanda de energia adicional é controlável. Os investimentos já considerados para expansão do sistema elétrico no Brasil são capazes de suportar a ampliação da demanda por energia trazida com a utilização em massa dos veículos elétricos”, explica Rafael Lazzaretti, gerente de Inovação da CPFL Energia.

Para a realização da pesquisa e desenvolvimento do laboratório real de mobilidade elétrica, participam do projeto em parceria com a CPFL o CPqD e a Unicamp, na frente de estudos, e a Natura e 3M na utilização dos veículos.

A pesquisa, iniciada em 2013, receberá R$ 21,2 milhões em recursos até 2018 para aplicação em estudos, infraestrutura e veículos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Ducati Monster Diesel

Nada mais a acrescentar ....

Diesellogo


http://www.diesel.com/ducati

Novo sistema criado pela Volvo ‘desvia’ carro em situações de acidente

Tecnologia monitora perímetro do veículo com câmeras e sensores. Objetivo é zerar mortes envolvendo carros novos da marca até 2020.
volvo1Veículo será capaz de desviar de obstáculos em risco de colisão (Foto: Divulgação)

A Volvo trabalha de forma árdua para zerar o número de mortes envolvendo carros novos da marca até 2020. Para isso, desenvolve diversas tecnologias voltada para segurança de ocupantes de seus veículos e pedestres. A mais recente novidade é um sistema que promete “desviar” o carro automaticamente em casos de colisão iminente.
O carro fará isso sozinho utilizando uma série de sensores e câmeras, que fazem imagens de 360° em volta do veículo. Eles estarão focados em detectar objetos que geralmente não são vistos pelos motoristas – como árvores, ciclistas, e muitas vezes, pedestres.
Com isso, se um obstáculo entrar em rota de colisão com o veículo, o sistema faz uma análise de um “caminho livre” e desvia o carro sozinho, sem intervenção do motorista. Outro tipo de auxílio é a frenagem autônoma, em caso de objetos parados na pista, como animais. A Volvo não afirma em qual modelo a tecnologia irá estrear, apenas diz que 2020 é o prazo para o fim das mortes em modelos novos da marca.
v2Veículo será capaz de desviar de obstáculos em risco de colisão (Foto: Divulgação)

Criadores do LED azul levam o Nobel de Física

Dos LEDs azuis aos LEDs brancos
O Prêmio Nobel de Física de 2014 foi concedido a três pesquisadores japoneses pelo desenvolvimento do LED de cor azul e sua posterior junção com outras cores para criação dos LEDs brancos.
Isamu Akasaki, nascido em 1929, é professor da Universidade Meijo, em Nagoya. Hiroshi Amano, nascido em 1960, é professor da Universidade de Nagoya. E Shuji Nakamaura, nascido em 1954, é atualmente professor da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, nos Estados Unidos.
Os LEDs (Light-Emitting Diodes - diodos emissores de luz) são as luzes de estado sólido que começaram como sinalizadores em aparelhos eletrônicos e agora estão se disseminando nas aplicações de iluminação em geral.
Para essa disseminação, a invenção do LED azul foi crucial, uma vez que esse comprimento de onda é necessário para produzir a luz branca necessária para a iluminação de ambientes, o que é feito juntando-o com os mais tradicionais LEDs de cor verde e vermelha.
Funcionamento do LED
Foram quase 30 anos de pesquisas, na academia e na indústria, em busca da criação de um LED que emitisse cor azul – os primeiros LEDs foram criados em 1907, os LEDs vermelhos e verdes nasceram na década de 1960, e os três pesquisadores agora premiados pelo Nobel apresentaram seu primeiro LED azul em 1992.
nob2
Como cada LED propriamente dito tem o tamanho de um grão de areia, é fácil juntar vários deles para emitir luz branca ou outras combinações de cores. [Imagem: Johan Jamestad/RSAS]
Um LED típico é formado por várias camadas de materiais semicondutores. A eletricidade injeta elétrons nas camadas de tipo n (negativo) e lacunas nas camadas de tipo p (positivo), dirigindo-os para a camada de material ativo, onde as cargas se recombinam e emitem luz.
A cor, ou comprimento de onda da luz emitida, depende do material semicondutor usado na camada ativa.
Os três pesquisadores japoneses tiveram sucesso construindo diversas camadas do semicondutor nitreto de gálio (GaN) misturado com índio (In) e alumínio (Al).
Iluminação de estado sólido
Desde então, os LEDs brancos têm sido constantemente aperfeiçoados, ficando cada vez mais eficientes, com maior fluxo luminoso (medido em lúmens) por unidade de potência elétrica consumida (medida em watts).
O recorde mais recente é de pouco mais de 300 lúmens por watt (lm/W), que pode ser comparado a 16 lm/W das lâmpadas incandescente e perto de 70 lm/W das lâmpadas fluorescentes compactas.
Como estimativas indicam que até um quarto do consumo mundial de eletricidade é usado em iluminação, os LEDs são muito “verdes”. O consumo de materiais também é otimizado, já que os LEDs duram até 100.000 horas, em comparação com 1.000 horas das lâmpadas incandescentes e 10.000 horas das lâmpadas fluorescentes.

nobel

Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura inventaram o LED azul, o que permitiu a
criação de LEDs que emitem luz branca.[Imagem: Meijo University/Nagoya University/UCSB]

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Os paradoxos da inovação

Wim Buekens chama a atenção, em um artigo muito interessante, para os paradoxos da inovação, para as tensões entre continuar fazendo o passado no presente e fazer, no presente, parte do futuro dos negócios. o texto é ainda mais instigante porque, diagnosticados os paradoxos, buekens receita três capacidades que os líderes deveriam ter para transpor as dificuldades impostas pelos paradoxos. a imagem abaixo tem um link para o artigo em um repositório científico, pago; não achei uma versão aberta do texto, mas depois da imagem abaixo vou discutir os paradoxos, a receita de buekens e minhas mudanças e adições a ela. vamos lá. as imagens deste texto são de uma aula sobre liderança [de, para] inovação.

image

antes de passar rapidamente por cada paradoxo, cabe tentar, mais uma vez, uma resposta à velha pergunta… “por que é preciso inovar?” simples: porque, para continuar competitivo em um cenário de negócios que muda sempre, você –e seu negócio- têm que mudar seu comportamento para estabelecer, ao mesmo tempo ou à frente da competição, novos patamares de competitividade dentro do mesmo cenário e [ou], em muitos casos, criar comportamentos novos, sem par no passado do negócio ou, quem sabe, do mercado. é preciso inovar, em primeira e última análise, porque inovação é a única fonte de vantagens competitivas sustentáveis, já dizia Peter Drucker. 
esperando que você tenha se convencido, e já tenha começado a pensar como inovar no seunegócio, saiba que é bem capaz de você dar de cara com vários, senão todos, os paradoxos abaixo. pra começar, há o…

image

ou seja… mesmo que você tenha começado um negócio muito inovador, seu próprio sucesso vai contribuir para que se estabeleçam mecanismos, estruturas, gerencias, diretorias, sistemas inteiros que garantam que seu empreendimento continuará sendo um sucesso. pra isso, não há PMPISO 9000 e  que chegue… e sempre haverá quem implante mais estruturas, controles e gerências, mesmo que não resulte em mais performance e qualidade e mesmo que os efeitos colaterais sejam a perda da liberdade [criativa e de errar], da flexibilidade [para fazer diferente da norma], a superorganização [que se torna auto-suficiente] e a perda da capacidade de tratar processos emergentes, que surgem do contexto, das práticas informais, da inexistência, ela mesma, de processos estabelecidos para fazer as coisas. em sistemas super-regulados, em instituições inflexíveis, só dá pra fazer o que é explicitamente permitido. todo o resto é proibido. pra imaginar o nosso contexto como país, o brasil é inflexível: nossa prática legislativa e regulatória, origem de quase toda insegurança jurídica nacional, diz que tudo o que não é explicitamente permitido é implicitamente proibido.
o segundo da lista de buekens é o…

image

muitas vezes você acerta por acaso e, depois, nem sabe porque acertou. mas quando você erra, quase sempre aprende, especialmente se seu negócio tiver mecanismos para tal. por que foi que o projeto deu errado? que acidente de percurso, tomada de decisão, falha de percepção, especificação ou desenvolvimento e implantação levaram ao fracasso de uma iniciativa? há processos antigos, pra isso, que começam na análise de satisfação de clientes e usuários e vão até a descoberta das causas fundamentais do fracasso. errar, assim, é o mesmo que aprender. mas como diz o paradoxo, só se premia o sucesso, e nunca o aprendizado. resultado?… olhe o diagrama abaixo, uma brincadeira do pessoal de sistemas [de informação] sobre o que fazer quando seu projeto fracassa…

image

parece brincadeira, mas a imagem acima representa mesmo as relações entre pessoas, projetos e organizações em muitos negócios de verdade. incrível, certo? pois é. logo depois do paradoxo da falha, vem o…

image

uma leitura quase futebolística deste paradoxo é que em time que está ganhando, mesmo se começar a perder, não se muda nada além das métricas, para parecer que ainda está ganhando, até a derrocada final. há um certo 7 x 1 que deveria nos lembrar deste paradoxo o tempo todo, mas, como não se premia o aprendizado, há vezes em que nem se tenta aprender com os fracassos. no caso do time da CBF, os líderes e gerentes atribuíram a goleada contra a alemanha a uma “fatalidade” e o técnico veio à mídia dizer que seu timinho poderia ter feito 4 gols, pra perder “só” de 7 a 4. que beleza!…
às vezes, o paradoxo do sucesso está interligado com o…

image

pra que aprender o que eu não sei? isso não só é muito caro, porque aprender algo novo é sempre um grande investimento, mas é capaz de não ter retorno, não servir pra nada, também… especialmente porque eu já sei muito –sobre o que eu faço agora-, não tenho tempo para mais nada, porque as demandas do que faço são muito superiores à minha capacidade de atendê-las…
deixar o resto “pra lá”, quando o resto é todo um mundo de conhecimento que pode afetar seu negócio, seu mercado e sua capacidade de sobreviver é quase sempre fatal. apesar disso pessoas se fecham, as instituições idem, em seu particular universo. os rastros estão por todo lado, inclusive [talvez principalmente] entre os que deveriam estar mais abertos a aprender coisas novas de verdade: os cientistas e suas instituições vivem quase sempre em verdadeiros silos de conhecimento, onde se sabe cada vez mais sobre cada vez menos [e cada vez mais sem qualquer contexto concreto]. e vez por outra, mesmo quando se sabe o que poderia ter aplicações práticas muito relevantes, rola uma certa síndrome de calvin quando o mundo real chega perto…


tanto na ciência quanto nos negócios, o último paradoxo é uma praga universal: se há muita gente fazendo a mesma coisa, porque a gente –eu- deveria fazer diferente, mesmo se o que quase todo mundo estiver fazendo parece errado? pois é: o efeito manada cria, nos negócios, um comportamento de lemmings que, ao contrário do que se diz, não cometem suicídio tentando nadar da noruega para o canadá… mas parecem pensar que, se “todos” estão tentando, por que não “eu”, também? o resultado é que as populações destes roedores oscilam entre números dantescos e a quase extinção, em poucos anos. se você pensar bem, é mais ou menos o que acontece com certos modelos de negócios na web [que tal “compras coletivas”, ou “apps”?…].

image

mas ocorre que…

image

…e isso exige o entendimento destes conflitos de forma ampla. buekens mostra as tensões num gráfico [veja abaixo] que aponta quão isolados estão os extremos da criatividade eadministração nos negócios, que deveria levar a uma reflexão sobre os significados das palavras empreendedor [aquele que desenvolve novos negócios]  empresário [aquele que faz negócios existentes funcionarem]. raramente se pensa sobre isso, porque quase ninguém consegue ver a diferença tão dramaticamente como exposta no diagrama a seguir. claro que há uma interseção entre as duas visões de mundo, senão nenhum negócio inovador se tornaria uma grande empresa, tampouco grandes instituições teriam qualquer capacidade criativa e inovadora. mas tal interseção tem que ser parte de um desenho institucional que trata o problema no curto, médio e longo prazos e só se mantém à custa de trabalho, energia e foco. muito, por sinal: no estado natural de cada um, quase nenhum administrador está à procura de novas oportunidades para apoiar, pois já tem muito a fazer, e poucos criadores estão dispostos a investir seu precioso tempo à busca de apoio e infraestrutura para suas ideias que, de tão genialmente óbvias, deveriam ter a instituição inteira funcionando ao seu redor. como se sabe… a prática é muito diferente disso.

image

buekens diz que, para escapar dos paradoxos, as organizações precisam de líderes que tenham visãotalento e compromisso para manter o negócio competitivo, que é o grande papel da inovação e seus resultados. já eu acho que estes três itens são pouco; pra manter um negócio vivo é preciso articular as 5 competências abaixo, e cada uma delas não é trivial em nenhum momento do negócio, ainda menos continuadamente.

image

as “competências de buekens”, visãotalento e compromisso são pouco porque é preciso mais do que puro e simples compromisso; como exemplo, tanto a galinha [que entra com o ovo] quanto o porco [que entra com o bacon] têm um compromisso com o café da manhã, mas só o porco está engajado… ele vai entrar com a vida no processo. engajamento, pois, e não sócompromissovisão e talento são essenciais para líderes dispostos a fazer com que os dois extremos [empreendedores e empresários] das empresas tenham um grande conjunto depreocupações e ações em comum, mas isso exige iniciativa, aliás iniciativas, muitas e continuadas e, acima de tudo uma grande capacidade de aprendizado. não vai errar muito quem disser que líderes contemporâneos se destacam mais pela capacidade de aprender [edesaprender e reaprender, continuamente], do que pela visão [de mundo] e talento [inato] para negócios.
porque não é só a economia que é do conhecimento, há tempos; é a sociedade inteira e são indivíduos, lá, que redefinem e reescrevem o que querem dos [e para que servem os] negócios. e isso torna o ciclo de vida dos negócios muuuito mais complexo do que quando informação e conhecimento eram escassos e estavam em uns poucos locais e pessoas.
neste novo ciclo de vida, para manter vivas as empresas de todos os tipos, precisamos de líderes com VITAEvisãoiniciativatalento, [capacidade de] aprendizado e engajamento. se você está à frente, quanto é que você tem de cada uma destas capacidades, em relação ao que seria o [sub-]ótimo para o negócio? se há outro alguém liderando, o quanto de VITAE [como se fosse um game!…] ele ou ela têm? é bom saber, nos dois casos, pois disso –tenha certeza- depende a vida de seu negócio.

image

Por: Silvio Meira - Professor associado da escola de direito da FGV-RIO e co-criador e agente provocador de uma das primeiras redes de business designers do brasil, a IKEWAI.com.
Gostou? Recomendação de literatura:
PORTER, Michael E. - Competição: Estratégias Competitivas Essenciais. São Paulo: Campus, 1999;COLLINS, James e PORRAS, Jerry - Building Your Company's Vision: Harvard Business Review, 2000;
KOTLER, Philip - Administração de Marketing, 10a Edição. São Paulo, Pearson, 2000.